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Taxa de desocupação fica em 14,4%, com aumento da população desocupada na comparação com trimestre anterior

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 14,4% no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, ficando acima do registrado no trimestre de setembro a novembro de 2020 (14,1%), no entanto, conforme relatório da instituição, não houve uma diferença estatisticamente significativa. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa marcava 11,6%,, por outro lado, a alta é evidente.

 

A desocupação cresceu num cenário de redução da força de trabalho, com uma queda significativa da população ocupada. Em um ano, 5,7 milhões de pessoas saíram do mercado de trabalho e 2,1 milhões de pessoas se tornaram desocupadas. O contingente de pessoas fora do mercado de trabalho aumentou em 10,5 milhões de pessoas na comparação com o mesmo período de 2020. Diferentemente do que aconteceu em outras crises, o mercado informal não tem tido a capacidade de absorver pessoas, servindo como um colchão na geração de renda na crise atual. Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento na força de trabalho e nos desocupados, indicando que as pessoas estão voltando a procurar emprego.

 

O rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.520,00 no trimestre encerrado em fevereiro de 2021, com variação real de 1,3% em relação à remuneração do mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.488,00, em valores atualizados), diante do efeito da maior da crise sobre ocupações com remunerações menores. A massa de rendimento real variou -7,4% na mesma base de comparação, refletindo a queda no número de ocupados.

 

Passado um ano do início da pandemia, todos os indicadores de mercado de trabalho da PNADc estão piores. O índice mais amplo de subulização da força de trabalho, a taxa composta da força de trabalho, atingiu 29,3%, enquanto no primeiro trimestre de 2020 era de 23,5%. A recuperação da atividade econômica depende do mercado de trabalho, assim como o mercado de trabalho depende da recuperação da atividade. O controle da pandemia é fundamental para reestabelecer a confiança e a previsibilidade para os agentes econômicos, o que certamente tem implicações sobre contratações.

 

Fonte: Fecomércio-RS

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