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Apesar do elevado desemprego, Pnad aponta reação do mercado de trabalho no Brasil

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 14,1% no trimestre encerrado em junho de 2021, o que corresponde a 14,4 milhões de brasileiros desocupados. Desta forma, quando comparado ao trimestre anterior (jan/21-mar/21) houve queda da taxa de desocupação (14,6%), e quando a comparação é com o mesmo período do ano anterior (13,3%), observa-se o aumento da taxa.

 

Relativamente ao período encerrado em junho 2020, o aumento da taxa de desocupação ocorreu com aumento da população ocupada de 5,3%, e com aumento da população economicamente ativa (força de trabalho) de 6,3%, evidenciando que o aumento da taxa de desemprego decorreu da entrada de pessoas na força de trabalho em maior medida que o aumento da ocupação. Em um ano 6,1 milhões de pessoas entraram no mercado de trabalho, sendo 1,7 milhão na condição de desocupados. O contingente de pessoas fora do mercado de trabalho foi reduzido em 2,9 milhões de pessoas, totalizando 74,9 milhões.

 

O rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.515,00 no trimestre encerrado em junho de 2021, configurando uma queda de 6,6% em relação ao valor do mesmo período do ano passado (R$ 2.693,00). A massa de rendimento real foi considerada estável frente a junho de 2020, em função de a queda de 1,7% não ter sido considerada estatisticamente significativa.

 

Com o avanço do controle da pandemia e aumento da mobilidade, permitida pela ampliação da vacinação, a retomada do mercado de trabalho segue em curso. Além de captar o avanço no mercado formal, os dados mostram o movimento de recuperação da ocupação informal, com destaque para conta própria sem CNPJ, emprego formal no setor privado sem carteira e serviços domésticos. Setorialmente, o avanço de maior magnitude reflete o mesmo cenário, com a maior mobilidade permitindo a retomada de setores mais afetados, como é o caso Alojamento e Alimentação. Para os próximos meses, apesar do nível elevado de desemprego, a continuidade desse processo deve diminuir a distância do total de ocupados e da força de trabalho em relação aos níveis pré-pandêmicos¹, níveis que atualmente são inferiores em 5,9% e 3,7%, respectivamente

 

¹Consideram-se os dados do segundo trimestre de 2019 como referência para a comparação, a fim de não considerar efeitos sazonais de outros trimestres.

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Fonte: Fecomércio-RS