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Inflação registra alta de 0,53% em junho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,53% em junho de 2021 depois de ter avançado 0,83% no mês anterior, conforme divulgado pelo IBGE. Essa foi a maior variação para o mês desde junho de 2018 (1,26%). No mês de maio de 2020, a taxa havia sido de 0,26%. Assim, a inflação acumulada em 12 meses foi de 8,35%, bem acima da meta de 3,75%.

 

Dos nove grupos que compõe o índice, apenas Comunicação apresentou variação negativa no índice de preços (-0,12%). Os maiores impactos vieram de Habitação e Alimentação, que registraram alta respectivamente de 1,10% e 0,43%, desacelerando em relação ao mês anterior. O impacto de Habitação no índice geral da inflação de junho foi de 0,17 p.p., com principal impacto individual (0,09 p.p.) vindo da alta em energia elétrica residencial, que variou 1,95%. No grupo Alimentação, o impacto foi de 0,09 p.p.. Neste caso, destaque para o aumento de 0,33% na alimentação dentro do domicílio, tendo o item carnes (1,32%) causado impacto de 0,04 p.p. no índice global da inflação. Ainda, o grupo Transportes (0,41%), embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior, exerceu o terceiro maior impacto no IPCA com a contribuição de 0,09 p.p., com maior influência dos combustíveis (1,47%; 0,06p.p.) em que o item gasolina apresentou impacto de 0,04 p.p. no índice global.

 

Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o IPCA teve variação de 0,79% em junho depois de uma alta de 1,04% em maio. Todos os nove grupos tiveram aumento, sendo que os maiores impactos foram registrados nos grupos de Alimentação e bebidas (1,05%; 0,22 p.p.) e Habitação (0,97%; 0,15 p.p.). Dessa forma, o IPCA da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) registrou alta de 9,09% em 12 meses, avançando em relação aos 8,22% do mês anterior.

 

No que diz respeito ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em junho, sua variação no país foi de 0,60%, acumulando alta de 9,22% em 12 meses. Na RMPA, o INPC teve variação de 0,82%, com variação acumulada de 10,1% em 12 meses.

 

Ainda que a inflação tenha desacelerado em junho, continua persistente e com taxas anualizadas muito acima do centro da meta. A inflação persistente é entrave importante para uma retomada mais consistente da economia. As altas recentes da taxa Selic devem se repetir nas próximas reuniões do Comitê e não seria surpreendente se a taxa de juros alcançasse patamares restritivos (acima de 6,5% a.a.) ainda em 2021.

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Fonte: Fecomércio-RS