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Avanço nas vendas do varejo seguem em maio

Em maio, conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, que pesquisa empresas varejistas com 20 pessoas ocupadas ou mais, o volume de vendas do Varejo Restrito brasileiro teve alta de 1,4% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a PMC apresentou alta de 15,9%, série que desconsidera o ajuste. No ano passado, embora maio tenha sido o mês em que houve a primeira reação do comércio após o pior resultado da PMC, o patamar seguia muito baixo. Nesse sentido, no ano anterior as bases estavam extremamente deprimidas, o que majora as taxas de crescimento verificadas. Em 12 meses, o varejo restrito brasileiro registrou alta de 5,4% no volume de vendas.

 

No Rio Grande do Sul (RS), comparado ao mês anterior, o Varejo Restrito teve variação de 4,6%, na série dessazonalizada. Em relação ao mês de maio do ano passado, houve aumento de 14,6%. Com esses resultados, o acumulado em 12 meses foi de 0,9%.

 

No Varejo Ampliado, que inclui as atividades de material de construção e veículos, motos, partes e peças, foi verificada alta de 3,8% ante o mês anterior para o Brasil (BR) e de 5,3% para o RS. Em relação a maio de 2020, houve aumento de 26,1% no país e de 16,9% no estado. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou no acumulado em 12 meses 6,8% no país, e alta de 1,7% no Rio Grande do Sul.

 

Analisando os resultados por segmento do comércio gaúcho, a única retração em relação a maio de 2020 foi dos hiper e supermercados (-6,5%), único segmento que teve aumento de vendas nos primeiros meses da pandemia em 2020 e, portanto, sustentam bases mais altas de comparação. Do lado dos avanços, destaque para Tecidos, Vestuário e Calçados (76,6%), um dos mais afetados pela crise, que registrou a segunda alta consecutiva interanual desde o começo da pandemia, reduzindo a perda no acumulado em 12 meses para -8,5%; além do movimento para o dia das mães em maio, a continuidade da recuperação do segmento deve contar com o impulso das temperaturas mais baixas nesse ano – algo que deve beneficiar também outros setores como equipamentos aquecedores. No Varejo Ampliado, a atividade de veículos, motos, partes e peças teve a terceira alta interanual (33,5%) e ficou com avanço de 0,9% no acumulado em 12 meses, materiais de construção apresentou aumento de vendas de 11,1%, mantendo a trajetória de alta e fechando no acumulado em 12 meses com avanço de 36,6%.

 

Os resultados da PMC de maio mostram continuidade do avanço do comércio, com comércio ampliado gaúcho, assim como o brasileiro, voltando a patamares acima do pré-pandemia. A característica mais disseminada desse avanço deixa evidente o cenário distinto do ano anterior, em que o auxílio emergencial impulsionou a demanda de segmentos específicos. Os resultados de agora, no entanto, contam menos com o aporte de recursos do governo às famílias (menor e menos abrangente após reedição) e contam mais com a restituição gradual das condições anteriores à pandemia, que devem se intensificar com o avanço da vacinação. No entanto, é importante destacar que o cenário atual também conta com inflação diminuindo poder de compra das famílias, um contingente enorme de desocupados e um mercado de trabalho informal que recupera a passos lentos – barreiras que freiam uma expansão mais forte do consumo.

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Fonte: Fecomércio-RS